Arteterapia e Saúde Mental na perspectiva de C.G. Jung

Autores

  • Jussara Rafaela dos Santos Faculdade de Ciências Humanas e Exatas do Sertão do São Francisco

Palavras-chave:

Arteterapia, saúde mental, psicologia analítica

Resumo

Para C. G.Jung a arte é um dos múltiplos caminhos de se trabalhar as diversas problemáticas do humano. É a via de expressão máxima da alma humana. A arteterapia é largamente trabalhada por Jung dentro e fora do consultório e amplamente difundida no mundo. No Brasil foi aplicado no contexto hospitalar pela médica e psiquiatra Nise da Silveira no contexto do hospital. O objetivo geral da oficina é apresentar os conceitos da psicologia analítica aplicados à arteterapia, como objetivo específico é conhecer as múltiplas possibilidades de arte e, principalmente, como aplicar o método em contextos distintos. Carl Gustav Jung é estudado no mundo inteiro e é, sem dúvida, um dos psiquiatras e psicólogos mais influentes do século XXI. Jung aparece em seu tempo como um verdadeiro revolucionário ao apresentar várias formas de fazer psicoterapia, não apenas a que se concebia como válida. A psicoterapia era entendida e praticada de forma muito diferente do que concebemos nos dias atuais, parte dessa mudança se deve à Jung, visto que ele compreende que a psicoterapia é um procedimento dialético e dialógico, ou seja, trata-se de um diálogo entre duas pessoas. A pessoa é um sistema psíquico, que, atuando sobre a outra, entra em interação com outro sistema psíquico, ou seja, um inconsciente interagindo com outro inconsciente. (JUNG, 2011, p.13). Nesse contexto, a arteterapia se apresenta no universo da psicologia complexa, termo originalmente aplicado por Jung para se referir à abordagem que se popularizou como psicologia analítica - como um dos caminhos para se trabalhar aspectos relacionados à simbologia do Inconsciente Pessoal e Coletivo. A arteterapia revolucionou as várias formas de tratamento de pessoas com necessidade distintas, sobretudo, às pessoas portadoras de alguma condição psiquiátrica. A arte aplicada ao tratamento humano se apresenta com diversas possibilidades e é possível de ser trabalhada em espaços distintos. Em sua obra "A prática da psicoterapia", Jung apresenta a arte como "expressão máxima da alma humana", posto que as diversas possibilidades de expressão artísticas são postuladas, em sua grande maioria, no inconsciente. No Brasil os processos e trabalhos da arteterapia foram largamente utilizados pela médica psiquiatra Nise da Silveira na década de 1940. A utilização da arteterapia como forma de tratamento em contextos diferentes possibilitou, no período em que Jung atribuiu grande valor terapêutico, a possibilidade de utilização das várias técnicas de forma humanizada, desprezando os modos como, principalmente, os pacientes de saúde mental eram tratados. Hoje, no lugar das terapias convencionais que, via de regra, não permite o humano que o mesmo traga a suas questões subjetivas, internas, para ressignificar as dores e o adoecimento mental. No contexto psicológico a arteterapia contribui para o reajuste egoico, função atribuída do mesmo modo à arte de modo geral.  Objetivo geral: apresentar a arteterapia na perspectiva da psicologia complexa como possibilidade de ressignificação do adoecimento psicológico e psiquiátrico e como possibilidade de aparecer no universos clínico, hospitalar, escolar e outros ambientes como vistas a reajuste espontâneo do eu. Objetivos específicos: explorar as múltiplas formas de arteterapia e possibilidades de aplicação em múltiplos contextos. Apresentar de forma clara e concisa a importância da arteterapia nas diversas possibilidades de tratamento.  Metodologia: A oficina  será dividida em três momentos: o primeiro tratará da exposição dos principais conceitos da psicologia Analítica. Resultados: Pretende-se que os participantes se conectem teórica e vivencialmente com os conceitos em discussão e que consigam visualizar as possibilidades de aplicação, na prática, de arteterapia na visão de Jung. 

Publicado

2023-06-30