BRANQUITUDE E ANÁLISE CRÍTICA DE DISCURSO (ACD)

ANÁLISE DO ‘MANIFESTO PELA MAGISTRATURA DE PERNAMBUCO’

Autores

  • Pedro Henrique Alves Santos Faculdade de Ciências Humanas e Exatas do Sertão do São Francisco (FACESF)
  • Marcileide Ana da Silva Pereira Faculdade de Ciências Humanas e Exatas do Sertão do São Francisco (FACESF)

Palavras-chave:

Branquitude, Análise Crítica de Discurso, Interdiscursividade, Representação de Atores Sociais

Resumo

Introdução: Conforme o Perfil Sociodemográfico dos Magistrados 2018, elaborado pelo Conselho Nacional de Justiça, oito em cada dez juízes no Brasil são brancos. Contudo, em contrapartida aos materiais e ações contra o racismo institucional promovidos pela Associação dos Magistrados do Estado de Pernambuco (AMEPE), um grupo de 34 magistrados e magistradas publicou um ‘Manifesto pela Magistratura de Pernambuco’ afirmando uma ‘infiltração ideológica por causas sociais’ em detrimento da defesa da classe, declarando ainda os sentimentos de ‘indignação e desconforto’ causados nos associados. Assim, convém analisar a prática social discursiva articulada no Manifesto sob a lente teórica do pacto narcísico da branquitude proposta por Cida Bento. Objetivo geral: desvelar a prática social discursiva do ‘Manifesto pela Magistratura de Pernambuco’. Objetivos específicos: 1. apresentar os aspectos teóricos entre discurso, branquitude e o sistema judiciário brasileiro; 2. identificar os aspectos interdiscursivos e as estratégias de representação dos atores sociais a partir da superfície textual do manifesto; 3. compreender a prática social discursiva do manifesto a partir da articulação dos dados da análise com o aporte teórico. Método: no presente estudo qualitativo, do tipo estudo de caso e com propósito descritivo, será adotado como procedimento de coleta a seleção do ‘Manifesto pela Magistratura de Pernambuco’ publicado em 2021. Para o procedimento de análise, optou-se pela Análise Crítica de Discurso (ACD) na perspectiva de Norman Fairclough, valendo-se das categorias analíticas: interdiscursividade e representação de atores sociais. Resultados esperados: Contribuir com os estudos jurídicos críticos a partir da concepção do direito como prática social discursiva. 

Palavras-chave: Branquitude; Análise Crítica de Discurso (ACD); Interdiscursividade; Representação de Atores Sociais.

 

Referências bibliográficas

 

BENTO, Cida. O pacto da branquitude. São Paulo: Companhia das Letras, 2022. 

 

BRASIL. Conselho Nacional de Justiça. Perfil Sociodemográfico dos Magistrados Brasileiros 2018. Disponível em: https://www.cnj.jus.br/wp-content/uploads/2019/09/a18da313c6fdcb6f364789672b64fcef_c948e694435a52768cbc00bda11979a3.pdf . Acesso em: 11 out. 2022.

 

MORAES, Fabiana. Magistrados de PE abandonam associação em repúdio a webinário antirracismo. Disponível em: https://noticias.uol.com.br/colunas/fabiana-moraes/2020/11/21/a-justica-e-cega-mas-nao-em-um-bom-sentido.htm?cmpid=copiaecola . Acesso em: 11 out. 2022. 

 

VIEIRA, Viviane; RESENDE, Viviane. ANÁLISE DE DISCURSO (PARA A) CRÍTICA: O Texto como Material de Pesquisa. 2.ed. Campinas, SP: Pontes Editores, 2016.

Biografia do Autor

Marcileide Ana da Silva Pereira, Faculdade de Ciências Humanas e Exatas do Sertão do São Francisco (FACESF)

Bacharelanda em Direito pela Faculdade de Ciências Humanas e Exatas do Sertão do São Francisco (FACESF).

Publicado

2022-12-21

Como Citar

Pedro Henrique Alves Santos, & Marcileide Ana da Silva Pereira. (2022). BRANQUITUDE E ANÁLISE CRÍTICA DE DISCURSO (ACD): ANÁLISE DO ‘MANIFESTO PELA MAGISTRATURA DE PERNAMBUCO’. Fórum Regional De Pesquisa E Intervenção (FOR-PEI), (4). Recuperado de http://periodicosfacesf.com.br/index.php/FOR-PEI/article/view/369

Edição

Seção

GT1: PESQUISAS TEÓRICAS E EMPÍRICAS EM CIÊNCIAS SOCIAIS E PENSAMENTO CRÍTICO