ANÁLISE DO SOFRER DO TERAPEUTA NA CLÍNICA ANALÍTICO COMPORTAMENTAL SOB O ENFOQUE DA TERAPIA DE ACEITAÇÃO E COMPROMISSO

Resumo

Introdução: Independente do evento ao qual está relacionado, o sofrimento é uma temática que perpassa o cotidiano do homem. Livros, filmes, peças teatrais, dentre outras atividades humanas, são conhecidos por abordar o assunto. Na Psicologia não é diferente. Várias abordagens teóricas encarregam-se de falar a respeito. Para se entender a temática através da Análise do Comportamento é necessário lembrar que o comportamento é multideterminado, sofrendo influências da filogênese, ontogênese e cultura. Com o sofrimento não é diferente. A Terapia de Aceitação e Compromisso - ACT assume a perspectiva de que deve haver processos psicológicos relacionados às psicopatologias, bem como a questões ligadas ao sofrimento humano (Hayes et al, 1999/2003, p. 6- 8). Não são desconsideradas as descobertas feitas em relação a síndromes já tão conhecidas, como é o caso da depressão e da ansiedade. Todavia, há de se levar em conta que, na atualidade, existe a necessidade de serem trabalhados problemas trazidos à clínica que não necessariamente envolvem sinais e sintomas característicos a patologias, e que estão relacionados, inclusive, ao sofrer do próprio psicoterapeuta. A ACT parece ser um bom modelo para lidar com essas questões (Hayes et al 1999/2003; Conte, 2010; Saban, 2011).  Objetivo geral: O minicurso possui o objetivo de ofertar um espaço de análise e debate acerca das possíveis contingências que operam para influenciar o sofrimento do terapeuta na clínica comportamental, de acordo com a ACT. Objetivos específicos: Discutir e se aprofundar sobre a temática do sofrimento dentro da perspectiva analítico-comportamental; Debater e conhecer a Terapia de Aceitação e Compromisso; Analisar relatos reais de sofrimentos de psicoterapeutas à luz da ACT. Metodologia: O minicurso é dividido em três partes, quais sejam discussão teórica a respeito do tema; Análise de relatos de acordo com a Análise do Comportamento e, mais precisamente, com a ACT; Vivência de prática de atenção plena para melhor relação de conceitos. Resultados: Espera-se que os participantes tenham um contato mais profundo com a temática, num caráter científico e vivencial, bem como entender o terapeuta como ser humano passível de sofrimentos e angústias no processo de atendimento, para uma formação mais crítica e um repensar aprimorado da prática psicoterápica.