NEUROFUNCIONAMENTO NOS QUADROS DEMENCIAIS
Palavras-chave:
Demências, Diagnóstico, Processos mentais, IntervençõesResumo
A demência é uma síndrome clínica caracterizada pelo declínio progressivo em múltiplos domínios cognitivos, comprometendo o funcionamento social e operacional do individuo em pontos. Segundo o DSM 5, para se fechar o diagnóstico de demência há necessidade do comprometimento da memória e de, pelo menos, um dos seguintes domínios cognitivos: linguagem, praxias, gnosias ou funções executivas e; identificando que não ocorram exclusivamente no estado convulcional ou em declínio. A prevalência tem duplicado nos últimos 5 anos em indivíduos com idade a partir dos 60 anos, e mostra uma crescente apresentação em indivíduos com mais idade, chegando a 30% após os 80 anos. Torna-se pertinente a compreensão dos estados mentais, decorrente de quadros demenciais, pois favorece a identificação e compreensão de possíveis sinais e sintomas de quadros de declínios cognitivos e, pode contribuir para o diagnóstico diferencial e acompanhamento da evolução dos sintomas de demência. Objetivo do trabalho foi estudar o processo do neurodesenvolvimento e conhecer a neuropsicologia dos quadros demenciais – etiologias; identificar protocolos de avaliação e reabilitação de acordo com quadro e evolução dos sintomas. O trabalho foi realizado com base em análise de capítulos de livros, periódico científico e critérios do DSM-5. As informações foram organizadas por categorias considerando:etiologia, sinais/sintomas, prevalência, áreas/funções cognitivas comprometidas, tipos de protocolos e instrumentos utilizados na avaliação, e estratégias de tratamento/reabilitação. Como resultados, foi possível a identificação das nuances e especificidades o que diferenciar os diversos quadros de demência, além dos fatores preditores e protetivos. Possibilitou também elencar, e diferenciar, as formas e evolução da doença com base nos fundamentos científicos encontrados na pesquisa. No que se refere a cognição, ao envelhecimento normal e aos quadros demenciais, existem alguns aspectos que podem gerar dificuldades de identificação, principalmente os associados a capacidade de memórias e velocidade de processamento, podendo levar à dificuldade na diferenciação do que é normal e do que é patológico, evidenciando a relevância de um diagnóstico clínico precoce. Concluímos o profissional de Psicologia pode se deparar, a qualquer momento durante a sua atuação, com alterações dos estados mentais, e que se faz necessário dos profissionais que recebem essa demanda manter uma leitura atualizada sobre as ciências que explicam os aspectos teóricos, metodológicos e técnicos dos processos mentais. A importância da qualificação do profissional que favorece o diagnóstico precoce, que beneficia a diversas formas de intervenção, que possibilitará uma maior autonomia ao sujeito e uma melhor qualidade de vida.