ATENDIMENTO PSICOLÓGICO PARA DEFICIENTES AUDITIVOS E SURDOS

DÉFICIT NO SISTEMA PÚBLICO EM BELÉM DO SÃO FRANCISCO-PE E FLORESTA-PE

Autores

  • Anna Carolina Faculdade de Ciências Humanas e Exatas do Sertão do São Francisco (FACESF)

Palavras-chave:

Acessibilidade, Sistema assistencial psicológico público, Libras, Atendimento para surdos e deficientes

Resumo

A Língua de Sinais é a maneira de comunicação mais usual entre pessoas surdas, com o intuito de manter a socialização e inserção dessas pessoas na sociedade com a possibilidade de relacionar-se o processo psicoterápico e o setting terapêutico devem estar aberto para que a pessoa surda tenha acesso para expor suas vivências de maneira compreensível entre ambas às partes, tanto do analista como do analisado. Para os surdos e deficientes auditivos a discussão sobre o contato analisado e analista, a habilitação do profissional em Psicologia para falar e compreender o cliente que necessita do serviço de LIBRAS sem o acompanhamento de um intérprete que se insira no setting como agente mediador e que invada de maneira não tão contributiva entre o sigilo resguardado pela ética da Psicologia. O artigo constitui-se em uma pesquisa de levantamento quantitativo e qualitativo, elaborado em forma de questionário para investigação direta com profissionais da área do sistema assistencial psicológico público das cidades de Belém do São Francisco-PE e Floresta- PE com o intuito de avaliar a demanda de profissionais habilitados no atendimento psicológico a deficientes auditivos e surdos, com a finalidade de analisar e obter respostas sobre essa demanda profissional, investigando a disponibilidade do serviço de LIBRAS, o contato a LIBRAS na graduação dos psicólogos entrevistados, os desafios para o uso de LIBRAS, a necessidade do profissional habilitado no sistema assistencial. Em ambos os municípios de Floresta e de Belém do São Francisco 3 participantes não têm recursos para a aplicação de um psicólogo habilitado em LIBRAS. No município de Floresta apenas 2 profissionais tiveram contato com o curso de LIBRAS, enquanto que em Belém os 3 profissionais entrevistados não tiveram contato com o curso de LIBRAS durante a formação acadêmica em disciplinas eletivas ou curso de libras fora do currículo acadêmico. Em ambas as cidades os entrevistados consideram necessário um profissional habilitado em LIBRAS no sistema assistencial.  É possível observar que a falta de oferta de cursos, da disciplina na graduação é o maior desafio para que os profissionais estejam aptos ao atendimento, assim como a dificuldade de atuação com o público e a falta de comunicação direta no atendimento terapêutico sem a necessidade de um parente ou intérprete do cliente. Os participantes demonstraram bastante interesse na importância do ensino obrigatório em LIBRAS na formação do psicólogo, pois é necessária a capacitação para efetuar atendimento acessível e de qualidade para todos.

Publicado

2018-10-15