FATORES BIOLÓGICOS E AMBIENTAIS NA CONSTITUIÇÃO DA PSICOPATIA E UM LEVANTAMENTO TEÓRICO PARA SUA PREVENÇÃO

Resumo

A psicopatia é um transtorno de personalidade que preocupa a sociedade por ter características difíceis de serem detectadas, dificultando seu diagnóstico, além de comportamento disfuncional e, por vezes, criminoso. Outro fator agravante é não termos uma definição sobre as causas do transtorno e tratamentos possíveis. Esta pesquisa teve intuito de realizar um levantamento teórico sobre suas possíveis causas e quais as contribuições para a prevenção. O método utilizado foi a revisão narrativa da literatura. Averiguou-se as causas da psicopatia, sendo estas situadas em fatores biológicos, ambientais e a relação dos dois, bem como as possibilidades investigativas a partir dos achados teóricos. Fatores biológicos como anomalias genéticas, alteração neuronal ou do córtex resultam em desequilíbrios estruturais no cérebro que podem afetar o comportamento. Os fatores ambientais como família disfuncional, negligência e abuso na infância, local violento, abandono, entre outros, podem contribuir para o surgimento da psicopatia. Outra hipótese é o modelo biopsicossocial, no qual a interação entre o ambiente e o biológico pode ser fator de risco, uma vez que a influência do ambiente pode modificar a regulação do gene ou um indivíduo que apresenta elementos genéticos e neurobiológicos ligados a traços de personalidade como impulsividade aumenta a predisposição para o surgimento da psicopatia caso esteja submetido a uma família disfuncional ou um local violento. Reconhecer precocemente os fatores de risco é uma maneira de prevenir e proporcionar um desenvolvimento mais saudável. Chegou-se à conclusão que tanto fatores biológicos como ambientais e a relação entre eles podem influenciar no desenvolvimento da psicopatia e que atitudes preventivas, como cuidado na infância, podem ter grandes efeitos na redução do transtorno.