IMPLICAÇÕES DO TRABALHO INFANTIL NO DESENVOLVIMENTO BIOPSICOSSOCIAL DE CRIANÇAS EXPOSTAS AO TRABALHO AGRÍCOLA NO BRASIL
Palavras-chave:
Trabalho infantil, Trabalho infantil agrícola, Desenvolvimento biopsicossocialResumo
Introdução: É de grande relevância e importância estudar as situações de trabalho infantil na área agrícola, pois, além de ser proibido por leis vigente no Brasil e no mundo, ele é um problema social atual que compromete o desenvolvimento integral da criança. Objetivo: Analisar as implicações do trabalho agrícola infantil para o desenvolvimento biopsicossocial da criança. Metodologia: Pesquisa de revisão sistemática da literatura, de estudos originais publicados no Brasil, entre os anos de 2004 a 2020, utilizando os descritores: 1) Trabalho infantil; 2) Desenvolvimento biopsicossocial infantil e 3) Trabalho infantil agrícola. Resultados e Discussões: foram encontrados 32 artigos e ao final, após o filtro pelos critérios de inclusão e exclusão, foram escolhidos 16. Todos os trabalhos encontrados tratam do trabalho infantil agrícola. Embora exista um senso comum, de que as condições de trabalho no campo são mais degradantes que as no âmbito urbano, o trabalho no campo não causa implicações distintas na saúde da criança, quando relacionado a outras atividades, também realizadas por crianças, em outros setores de trabalho. Conclusão: O presente trabalho conseguiu efetivar os objetivos propostos. Os resultados foram satisfatórios e permitiu inferir que o trabalho infantil no setor agrícola, de fato, exerce importantes implicações no desenvolvimento biopsicossocial da criança, podendo repercutir diretamente e negativamente na sua vida quando adulta. Mesmo que existam políticas de prevenção à erradicação do trabalho infantil no Brasil, o que é possível concluir é que o Estado, ainda demanda a necessidade de políticas públicas mais empáticas, que melhor assistam às famílias, de modo, a também respeitar os seus preceitos de transmissão das suas especificidades culturais, mas, que tal transmissão não impute para as crianças e adolescentes, uma herança de trabalho forçado e precoce, que não há dúvidas de que implica em prejuízos em várias áreas do desenvolvimento. O Estado precisa, também, possibilitar estratégias preventivas, capazes de mobilizar a sociedade quanto aos prejuízos do trabalho infantil, ainda mais, os trabalhos mais degradantes, como mostra ser o trabalho infantil agrícola. Não menos importante é a participação social, de modo, que a população não admita crianças para efetivação de todo e qualquer trabalho infantil, seja no âmbito rural ou urbano.