VIVÊNCIAS NÃO-MONOGÂMICAS
REPENSANDO AS NOSSAS FORMAS DE AMAR E SE RELACIONAR
Palavras-chave:
Ensino-aprendizagem, Não-monogamia, Relacionamentos, VivênciasResumo
Introdução: Conforme aponta Vassalo (2018), as relações não monogâmicas se apresentam como uma espécie de antimodelo diante da hegemonia do modelo monogâmico, este tido como a única e a legítima forma de construir relações afetivo-sexuais. Essa interposição hegemônica em nossa cultura acaba velando e marginalizando outras formas de amar e se relacionar que, apesar de estarem ganhando mais espaços em tempos coetâneos, são discutidas e conhecidas desde o surgimento da modernidade, como se dá na conhecida obra do teórico Friedrich Engels (2013) que discute a constituição da família enquanto uma lógica de propriedade privada. Sergio Lessa (2012), ressalta que a presença da monogamia na sociedade atual como uma instituição naturalizada é resultado do amadurecimento da família burguesa na sociedade capitalista. Portanto, é fundamental – quando se quer percorrer um processo reflexivo e legitimador das novas maneiras de constituir relações – partir de uma crítica histórica das características da hegemonia monogâmica que dificultam o bem-estar das pessoas dispostas a pautarem vivências não monogâmicas. Dessa forma o objetivo geral dessa oficina foi o de refletir sobre as possibilidades de se relacionar presentes nas relações não-monogâmicas. Objetivos específicos: compartilhar a crítica teórica sobre a monogamia e apresentar as características e estratégias centrais das relações não monogâmicas. Método: a oficina foi ministrada ao longo de 4h, contando com o ambiente da sala de aula para o desenvolvimento das atividades, destarte, os procedimentos metodológicos foram divididos em três etapas, a primeira correspondeu a parte expositiva do conteúdo, em confluência com uma roda de conversa. Em seguida dinâmicas interativas com músicas comumente ouvidas serviram como ponto de apoio para levantar questionamentos e promover reflexões acerca da forma como o imaginário social explicita as relações e, por fim, questionamentos/provocações foram realizados através da “escala do ciúme”, feita através do uso com o quadro escolar e que consistia na avaliação dos próprios participantes sobre quais comportamentos eram ou não considerados como traição. Resultados: os resultados demonstram a necessidade que as pessoas possuem em querer constituir novas formas de amar e construir as suas relações. Conclusões: apresentar a não-monogamia foi um despertar crítico para muitos ali presentes, principalmente notado, quando muitos demonstraram identificações em suas vivências sobre os aspectos deletérios da monogamia e tiverem um pequeno vislumbre sobre novas maneiras de agir e pautar os relacionamentos afetivos em suas vidas.
Palavras-chave: Ensino-aprendizagem. Não-monogamia. Relacionamentos. Vivências.