CONTRIBUIÇÕES DA TEORIA WINNICOTIANA NA INFÂNCIA: A IMPORTÂNCIA DO BRINCAR

Autores

  • André Luiz Gomes Leão Silva
  • Kaline Araújo Florentino
  • Lorena Daniella Novaes
  • Maria Luiza Granja Valença Faculdade de Ciências Humanas e Exatas do Sertão do São Francisco
  • Raira Lorrane Barbosa Rodrigues
  • Regina leal de Sá
  • Tarsilla de Sá Gonzalez
  • Jussara Rafaela dos Santos Faculdade de Ciências Humanas e Exatas do São Francisco
  • Nathaly Ferraz Queiroz Silva Faculdade de Ciências Humanas e Exatas do São Francisco

Palavras-chave:

Brincar; Criança; Ludoterapia; Infância.

Resumo

De acordo com Franco (2023), para Winnicott o brincar em si é um objeto de estudo, e possui temporalidade e topologia. Ocupando um espaço nem dentro e nem fora da subjetividade, mas na fronteira. Neste sentido, ele discorre e acredita que o brincar é universal, saudável e de todo desejável, inclusive na sessão de análise na qual, “(...) o paciente pode mobilizar todos os recursos disponíveis em sua personalidade” (FRANCO, 2003). Isso posto, Dias (2022) declara que a saúde integra a habilidade de brincar, que é o protótipo do viver criativo; sendo essa, tanto a capacidade de entrar em um espaço potencial e render-se à experiência da ilusão básica, como a liberdade de movimentar-se em diferentes mundos durante a maturação. Além disso, Winnicott (1975) afirma que a angústia é sempre um fator e muitas vezes dominante nas brincadeiras infantis. O risco desse sentimento em excesso leva à brincadeiras compulsivas ou repetitivas ou à uma indulgência imoderada nos prazeres da brincadeira. Dessa forma, o autor considera o brincar uma ferramenta de comunicação importante nas sessões com crianças, mas não se limitando apenas a elas, se estendendo aos adultos, algo reforçado por Melanie Klein. É importante ressaltar que essa perspectiva não é romantizada, uma vez que o ato de brincar pode gerar sentimentos de medo e desconforto. A estruturação adequada das brincadeiras infantis é essencial para evitar o surgimento desses aspectos assustadores durante o momento lúdico. As crianças muitas vezes precisam de alguém que observe suas brincadeiras para que o aspecto assustador não estrague a natureza criativa do jogo. E esta observação também se aplica às sessões terapêuticas. Desse modo, é possível concluir que as contribuições trazidas por Winnicott sobre o brincar na infância, são fundamentais para a compreensão dos seus efeitos no desenvolvimento infantil, uma vez que as brincadeiras auxiliam na formação de relações emocionais e no desenvolvimento de contatos sociais. Visto, ainda, que sua teoria abrange como esses processos ocorrem.

Publicado

2024-07-17