PRINCIPAIS COMPLICAÇÕES ENFRENTADAS PELOS PACIENTES COM LÚPUS ERITEMATOSO SISTÊMICO DURANTE O SEU TRATAMENTO.
Palavras-chave:
Lúpus Eritematoso Sistêmico, Tratamento, Complicações.Resumo
Introdução: O lúpus eritematoso sistêmico (LES) é uma doença inflamatória crônica potencialmente grave. É caracterizada como uma doença de acometimento multissistêmica, pois atinge vários sistemas do organismo podendo muitas vezes levar à falência de órgãos vitais ou comprometer definitivamente suas funções. De natureza autoimune, a produção de anticorpos pode afetar qualquer área do corpo humano e apresentar uma série de manifestações clínicas (SKARE, 2016). Manifestações como o acometimento cutâneo, articular, hematológico, renal, neurológico, de serosas, pulmonar, cardíaco, vascular, de linfonodos, sistema digestivo, ocular e alterações endócrinas, o que demonstra sua complexidade (ROBALLO, 2019). Etiologia multifatorial (hormonal, ambiental, infecciosas). No seu tratamento, o LES necessita de uma atenção específica e criteriosa, pois pode ocasionar em algumas complicações para o paciente (MOREIRA, 2021). Objetivo Geral: Analisar as complicações mais comuns apresentadas nos pacientes com lúpus eritematoso sistêmico, durante o seu tratamento, a fim de entender como essas condições se desenvolve nesse processo. Objetivo especifico: Compreender quais são as complicações físicas, psicológicas e sociais mais comuns durante o tratamento do LES. Marco Teórico: É considerada uma enfermidade de caráter imprevisível, que atinge vários sistemas do organismo e que muitas vezes pode levar a falência de órgãos vitais ou comprometer definitivamente suas funções (MOREIRA, 2021). A doença cardiovascular (DCV) representa a mais importante causa de morbimortalidade. [...] e algumas classes de medicamentos, especialmente os corticosteróides, podem induzir a alteração do estado nutricional (MOREIRA, 2021). Tratamento medicamentoso com corticóides em pacientes com LES é comum, e sua relação com os níveis alterados de algumas substancias no sangue, favorecem o desenvolvimento de DCV´s. Segundo SKARE (2016) as infecções são uma das principais causas de morbimortalidade nessa doença. Seu tratamento deve abordar orientações gerais, que incluem também a educação do paciente sobre a doença e sua evolução. É importante destacar que o tratamento adequado, na grande maioria dos casos, permite sobrevida longa, produtiva e com boa qualidade da pessoa acometida(ROBALLO, 2019). Metodologia: Esta pesquisa trata-se de um estudo de revisão sistemática da literatura, que vem sendo realizada através do levantamento bibliográfico de materiais secundários, publicados nos últimos cinco anos e disponibilizados nas bases de dados da Biblioteca Virtual em Saúde (BVS). Os descritores utilizados foram “Lúpus” AND “Tratamento” (27.478), com os seguintes filtros: texto completo (11.321); base de dados: MEDLINE (10.731), LILACS (445) e, BDENF-Enfermagem (4); assunto principal: Lúpus Eritematoso Sistêmico (5.677); e o idioma em português (227), resultando em um total de vinte e um (21) artigos dos quais, após eliminação dos que não coincidiam com o objetivo da temática, foram selecionados nove (9) no final. Resultados Parciais: O tratamento da LES se baseia em terapia medicamentosa, e uma das classes mais recomendadas são os corticóides, os antimaláricos, os anti-inflamatórios não esteroidais, os imunossupressores, que podem aumentar os riscos de desenvolvimento de infecções, alem do uso de protetor solar devido a fotossensibilidade que o paciente manifesta durante o tratamento. Em alguns casos, suplemento de vitamina D considerando à síntese insuficiente de desse hormônio pelo próprio organismo do paciente. A partir dos artigos revisados constatou-se que o uso, principalmente de corticóides em longo prazo e em dosagens elevadas, pode ocasionar em complicações cardiovasculares, renais e ósseas. Considerações finais: dos nove (9) artigos revisados, quatro (4) deles relatavam que o uso de corticóides, em associação ou não com outros medicamentos, pode desencadear complicações cardiovasculares, ósseas e renais em sua maioria dos casos, durante o processo de tratamento do LES. Outro achado importante, esta relacionado com a incidência elevada de infecções em pacientes com Lúpus que fazem uso de fármacos imunossupressores como terapia medicamentosa do Lúpus, sendo destacado em três (3) dos artigos revisados.
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