SUBJETIVIDADES E RACISMO ESTRUTURAL
APROXIMAÇÕES ENTRE A TEORIA COGNITIVO COMPORTAMENTAL E A PERSPECTIVA TEÓRICA DE SILVIO ALMEIDA
Palavras-chave:
Racismo, Racismo estrutural, TCC, SubjetividadeResumo
Introdução: Este ensaio trás uma reflexão a partir da obra de Silvio Almeida sobre o Racismo estrutural e como ele nos atravessa na sociedade atualmente, a escolha desse tema se deu por considerarmos a importância de debatermos sobre relações raciais em seus diversos contextos. Objetivos: O ensaio tem por objetivo analisamos o racismo a partir da teoria da TCC (Teoria Cognitivo Comportamental) para entendermos melhor sobre os processos existentes tanto naqueles que praticam racismo, quanto nos que sofreram com o racismo. Além de apresentar um pouco do contexto histórico do racismo e como ele se apresenta no cotidiano com seus diversos fatores que influenciam na subjetividade de cada sujeito e é causador de sofrimento emocional. Resultados: Segundo Silvio Almeida (2018) para falar sobre o racismo estrutural e as outras concepções é necessário apresentar também o conceito de racismo, preconceito e discriminação que apesar de haver relação e geralmente se manifestarem juntos possuem significados diferentes. O racismo é uma é “uma forma sistemática de discriminação que tem a raça como fundamento, e que se manifesta por meio de práticas conscientes ou inconscientes que culminam em desvantagens ou privilégios para indivíduos, a depender do grupo racial ao qual pertençam”. O preconceito é as opiniões e sentimentos gerados sem uma avaliação crítica, podendo gerar desprezo, hostilidade e intolerância, é uma ideia generalizada, formada pela influência do meio ou experiências pessoais, já o preconceito racial “é o juízo baseado em estereótipos acerca de indivíduos que pertençam a um determinado grupo radicalizado e que pode ou não resultar em práticas discriminatórias”. E por fim a discriminação que é a ação ou efeito de separar, discriminar, distinguir, tem como fundamento o poder. A discriminação racial é “a atribuição de tratamento diferenciado a membros de grupos racialmente identificados”, existe a discriminação direta que é a aversão a indivíduos ou grupos, motivado pela raça como por exemplo países que não permitem a entrada de determinados grupos raciais. A discriminação indireta é quando “situações especificas de grupos minoritários é ignorada”. Tanto a pessoa que discrimina como quem é discriminado pode ter desenvolvido crenças profundamente enraizadas que contribuem para o comportamento racista e no caso da vítima as crenças também influenciam no seu comportamento afetando na autoestima do sujeito, gerando pensamentos automáticos disfuncionais que causam sofrimento e adoecimento emocial. Considerações finais: Em virtude do que foi mencionado pode-se concluir que ainda a sociedade atual se constituiu com o racismo enraizado em suas concepções. O racismo é vivenciado todos os dias pelos grupos historicamente discriminados e infelizmente é algo que parece estar longe de acabar uma vez que as raízes são profundas e estão presentes em diversas dimensões na sociedade, apesar disso, observa-se uma grande luta antirracista em busca do respeito e igualdade e dignidade humana.
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2019 Fórum Regional de Pesquisa e Intervenção (FOR-PEI)
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution-NonCommercial-NoDerivatives 4.0 International License.