SAÚDE COLETIVA E AMABIENTAL NO PROCESSO DE TERRITORIALIZAÇÃO

UM RELATO DE EXPERIÊNCIA

Autores

  • Diná Lyra da Trindade Silva Faculdade de Ciências Humanas e Exatas do Sertão do São Francisco (FACESF)
  • Isadora Aynne Torres dos Santos Faculdade de Ciências Humanas e Exatas do Sertão do São Francisco (FACESF)
  • Vitória Celeste Pereira de Barros Faculdade de Ciências Humanas e Exatas do Sertão do São Francisco (FACESF)
  • Ariadne Clímaco Ferreira da Silva Faculdade de Ciências Humanas e Exatas do Sertão do São Francisco (FACESF)

Resumo

Introdução: O processo de territorialização e mapeamento constitui uma categoria fundamental para o diagnóstico do processo saúde-doença.  Nesse contexto, o espaço é o campo do conhecimento separado do tempo e das pessoas, como o lugar geográfico que predispõe a ocorrência de doenças. Marco teórico: O território consiste em lugar com limites definidos onde as pessoas vivem, circulam, trabalham, e se divertem. Nele, fazem parte: ambientes naturais e construídos. Sendo, sobretudo, um espaço de informações, de trocas e de relações de poder, pois torna concreto a possibilidade de mando, julgo ou imposição de vontade ou projeto particular a outras pessoas, grupos e instituições1,2. As relações Saúde, ambiente e produção são determinadas pelo modo de “produção e consumo”, estabelecendo na principal referência para a compreensão das condições de vida, do perfil de adoecimento, morte, vulnerabilidade diferenciada dos segmentos sociais e a degradação ambiental.  O enfoque do território na Atenção Primária à Saúde (APS) permite delinear e caracterizar a população e seus problemas de saúde, a criação de vínculo e responsabilidade entre os serviços de saúde e usuários propiciando o acesso dos usuários-trabalhadores ao serviço, bem como a avaliação dos impactos das ações3. No campo da saúde, o espaço vem sendo utilizado com maior ênfase, como uma abordagem fundamental para dar suporte ao conceito de risco, em função das múltiplas possibilidades que se tem em localizar e visualizar populações, objetos e fluxos, e de se espacializar a situação de saúde através da distribuição de indicadores sócio-econômicos, sanitários e ambientais que revelam as condições de vida das pessoas em seu interior4. O objetivo do processo de territorialização é prevenir riscos e evitar danos à saúde, a partir de um diagnóstico da situação de saúde e das condições de vida de populações em áreas delimitadas com o desenvolvimento de ações de saúde pública. Logo, o território é ao mesmo tempo: o território suporte da organização das práticas em saúde; o território suporte da organização dos serviços de saúde; o território suporte da vida da população; o território da conformação dos contextos que explicam a produção dos problemas de saúde e bem estar; o território da responsabilidade e da atuação compartilhada5. Metodologia e procedimentos aplicados: Esta pesquisa foi desenvolvida com o objetivo de por em prática os conhecimentos teóricos a respeito do tema abordado em sala de aula “o processo de territorialização”.  Foi desenvolvido pela professora da disciplina, um instrumento de coleta de dados em que nele, foram inseridos informações a respeito da população inserida no território adscrito da unidade de saúde da família que a equipe foi direcionada. Após a aula expositiva, foi entregue o instrumento, a professora explicou os pontos a serem observados na comunidade e a equipe foi direcionada a unidade de saúde. Ao final, foi solicitado pela professora um relatório e a construção de uma mapa do território estudado. Resultados observados: Notoriamente a realização do projeto de extensão em questão, proporcionou aos alunos um contado primário extremamente importante, no que diz respeito ao papel do profissional enfermeiro dentro das unidades básicas de saúde (UBS), o que só trará benefícios significativos no desenvolvimento dos estudantes nos conhecimentos relacionados a atenção básica de saúde. O objetivo base do projeto era recolher o máximo de informações possíveis sobre a população e o território referente, através de conversas com os profissonais, em especial o enfermeiro, responsável pela unidade. Contudo é necessário explanar que nem todos os grupos de alunos tiveram suas expectativas alcançadas durante a visita a UBS, considerando que algumas unidades infelizmente não tinham os dados precisos e atuais básicos sobre seu território de trabalho. Tendo em vista o que foi exposto, conclui se que de maneira geral a experiência mostra não só atualmente, mas também futuramente, grandes e essenciais aprendizados, inclusive através dos resultados oriundos das dificuldades e obstáculos encontrados, argumentando que as desvirtudes vistas pelos alunos, instigam uma reflexão precisa, que podem gerar mudanças vitais no âmbito completo da atenção básica em saúde. Considerações finais: A visita técnica as unidades básicas de saúde (UBS), para formulação do projeto de extensão, realizada pelos alunos do segundo período de enfermagem da FACESF no dia 18 de outubro de 2019, teve o intuito de proporcionar um olhar mais curioso e direcionado aos ambientes visitados, principalmente em questões anteriormente debatidas dentro de sala de aula sobre as condições sanitárias, os determinantes e os condicionantes das comunidades. Essa atividade foi importante para nós, que além de alunos de graduação e futuros profissionais de enfermagem, também somos moradores de comunidades que podem ou não apresentar um problema ou um agravo parecidos com os que foram observados nas comunidades visitadas, deixando alem de conscientização sobre nossos deveres e responsabilidades como cidadãos, que podem ou não influenciar diretamente nas condições ambientais, como também o empoderamento, já que somos dotados de direitos e por isso devemos nos mobilizar para reivindicá-los. Além de proporcionar uma experiência de convivência com profissionais da área, que lidam diariamente com as consequências desses problemas sanitários na população, e entender um pouco como funciona o trabalho deles e qual a importância do profissional de enfermagem no processo de identificação desses agravos, que seria investigar, identificar, associar e promover formas de combater os problemas encontrados no território, com a ajuda da comunidade

Publicado

2019-12-20

Como Citar

Silva, D. L. da T., Santos, . I. A. T. dos, Barros, V. C. P. de, & Silva, A. C. F. da. (2019). SAÚDE COLETIVA E AMABIENTAL NO PROCESSO DE TERRITORIALIZAÇÃO: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA. Fórum Regional De Pesquisa E Intervenção (FOR-PEI), (1). Recuperado de https://periodicosfacesf.com.br/index.php/FOR-PEI/article/view/81

Edição

Seção

GT2: SAÚDE E INTERDISCIPLINARIDADE- TEORIA, METODOLOGIA E PRÁXIS