VIOLAÇÕES AOS DIREITOS DE CIDADANIA INDÍGENA NA EDUCAÇÃO SUPERIOR
Palavras-chave:
Educação, Identidade, Ecologia humana, Representações sociais, cidadaniaResumo
Introdução: Tomando como propulsor a educação no tempo-espaço-território como construtores de conhecimento na interface das relações sociais, será discutida a resistência e a experiência dos indígenas no âmbito da educação superior quando violada sua identidade. Outrossim, é mister tocar no ponto crucial dos resultados dessa pesquisa, qual seja, ações educativo-formativas que apontam possibilidades e inovações vivenciadas na utilização de dados documentais e em processo no cenário da busca pela identidade e as direções tomadas pelas instituições de ensino para reconhecer os saberes e esses sujeitos na ótica da ecologia humana. Assim, esse trabalho parte do método de análise do conteúdo, em que objetiva elaborar como tem sido violada a cidadania indígena no âmbito da educação superior a partir da experiência de cidadãos cotistas. Objetivo geral: Identificar os obstáculos que as comunidades indígenas encontram na educação superior e como a prática pedagógica confronta com sua identidade a partir do estudo documental e empírico. Objetivos específicos: 1. Identificar os elementos identitários do sujeito indígena nos contextos da interação universitária; 2. Identificas as situações de violações aos direitos de cidadania indígena no contexto da educação superior; 3. Apontar os relatos a partir da experiência de sujeitos cotistas; 4. Apresentar a teoria das identidades, Representações Sociais e Ecologia Humana. Método: O método utilizado é o de análise de conteúdo, pois como escreve Bardin (2011), em sentido amplo, seria um método empírico, dependente do tipo de fala a que se dedica e do tipo de interpretação a que se pretende como objetivo. Não existe algo pronto, mas apenas regras que servem como base. Resultados: Ao começar a interpretação dos dados, a universidade tem em sua dianteira desafios históricos relacionados com o combate da pós-colonialidade do ser, do saber e do poder. Construir dentro das velhas estruturas é um grande desafio, pois além de garantir o acesso à universidade a quem sempre esteve fora dela, significa colocar a própria universidade numa atitude de escuta e aprendizagem no seio das comunidades indígenas. Paulo Freire (2011), inclusive, propôs um processo de suleamento da universidade que implora o compromisso com a luta pela emancipação dos povos colonizados, de acordo com a realidade que temos a acompanha a diversidade dos povos tradicionais e sua cidadania. Por fim, mas com muito a discutir, a proposta de uma educação multicultural, diferenciada, pluricultural e intercultural, capaz de direcionar, conceber e compreender as diversidades é a reflexão que se percorre. Considerações finais: O presente trabalho perfez um caminho voltado para a temática da violação de identidade e povos tradicionais no âmbito da educação superior, em que mostra ser preciso adequar o sistema de ensino, no ponto de não pré-determinar modelos de identidade para cada representação social, baseado numa relação de desconstrução e dominação em que a cultura moderna é preponderante diante dos povos tradicionais, criando um ambiente hierarquizado pautado pelo aspecto territorial. Dessa maneira, cidadania revela-se nas relações sociais, subliminarmente pela vida cotidiana, adentrando em diversos setores da sociedade, por exemplo, no ensino e docência.
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